terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Ser Humano Global


O momento que atravessamos não é fácil. Exige de todos uma grande capacidade de adaptação, de criatividade e de optimismo. O sistema social, tal como o conhecemos está em fase de ruptura. Não se trata de mais uma crise que se supera para, em seguida, retomarmos o caminho como se nada tivesse acontecido. Esta é uma daquelas crises que se tornam verdadeiros marcos na História da evolução da humanidade, não só por tudo quanto trazem de inovador, mas sobretudo, por tudo quanto tem de ser abandonado por não mais poder continuar a pertencer ao presente.

As perdas que este processo implica, provocam em muitos um sentimento de medo e insegurança, mas noutros, nos resilientes, despertam uma enorme vontade de fazer algo que conduza à mudança! Para mudar não podemos persistir nos caminhos que temos trilhado (o destino, esse, é já conhecido). Há que inovar, procurar novas formas de nos relacionarmos com os objectos, com o consumo, connosco próprios e com os outros.

É aqui que a palavra solidariedade adquire verdadeira consistência. A solidariedade é, neste momento, o valor a cultivar. Em nós, enquanto seres humanos e nos nossos jovens e crianças, enquanto educadores!

É urgente fazer despertar o amor e a compaixão que levam à compreensão do outro como nosso semelhante. A globalização passa também por aí, por sentirmos a unidade que liga toda a humanidade. Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento alheio, pois esse é o nosso sofrimento. Está na hora de abandonar os velhos códigos de competitividade e fomentar a solidariedade. Dar a mão a quem está prestes a cair, é tão fácil... é um gesto.

Contribuir, seja de que forma for, para ajudar alguém a viver com dignidade, é dignificar a própria vida. E o nosso exemplo é a melhor forma de transmitir às crianças e aos jovens os novos códigos de conduta. Não se trata de caridade, trata-se de partilha, partilha de bens, partilha de afectos. Reconhecer o outro em nós, reconhecermo-nos a nós no outro! Dar corpo, afinal, a um dos quatro pilares da Educação: "Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros"!

domingo, 16 de novembro de 2008

Aprender,brincando


O jogo não se constitui apenas como uma actividade lúdica espontânea com caracter de entertenimento, mas contribui efectivamente para o desenvolvimento psicológico da criança.

(Piaget, 1962; Erikson, 1963; Vigotsky, 1977)


O jogo pode realmente contribuir para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional das crianças.

Para além dos jogos tradicionais, as crianças têm hoje ao seu dispôr inúmeras formas tecnológicas de jogos, os ditos jogos de computador. É conhecido o fascínio que este instrumento exerce sobre as crianças, as quais desde a mais tenra idade manifestam uma aptência natural para lidar com ele, como se fosse algo que desde sempre tivesse feito parte do ambiente.

Existe, actualmente no mercado uma panóplia de jogos que conjugam em si as funções lúdicas e educacionais, os chamados programas de Edutainment.

Cabe aos educadores fazerem a triagem destes jogos, de modo a adaptarem a sua utilização às necessidades das crianças nesse momento e promover a interligação com outras actividades.

Um Modelo na Aprendizagem

Um aluno que faz a sua formação na modalidade de ensino a distância pode muitas vezes sentir-se só e isolado.
No entanto, se se optar por um modelo de aprendizagem colaborativa esse sentimento pode ser minimizado.
Este modelo baseia-se na aprendizagem através da interacção entre alunos. Estes formam entre si pequenos grupos no seio dos quais poderão encetar uma aventura conjunta no campo do conhecimento, partilhando não só idéias, como sonhos.
É neste ambiente, que deverá levar o estudante a treinar o pensamento crítico e flexível, que se vão criar as condições necessárias ao seu desenvolvimento cognitivo e ao desenvolvimento de determinadas competências sociais.

Aprendizagem Colaborativa



sábado, 15 de novembro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Distância Transaccional

O conceito de distância transaccional, no âmbito do processo educativo,não se confina exclusivamente à educação à distância. Ele está presente quer neste processo de ensino quer no processo tradicional de ensino presencial. Embora neste último, dada a proximidade física, a distância transaccional se torne potencialmente mais curta, ela está dependente da forma como o curso está estruturado e do grau de envolvimento que é solicitado aos alunos.

Focando-nos apenas na educação à distância, processo no qual instrutores e alunos se encontram separados no espaço e/ou no tempo, a distância transaccional define o espaço psicológico e comunicacional existente entre os intervenientes.

As variáveis que condicionam a distância transaccional são o diálogo, a estrutura e a autonomia do aluno.

O diálogo, visto como uma interacção positiva, tem como objectivo melhorar a compreensão, por parte do aluno. Este diálogo condicionado, não só pelas personalidades de professores e alunos, é directamente afectado pela natureza dos meios de comunicação utilizados. Assim, num programa educacional em que a instrução se faz de forma unidireccional (tv, vídeo ou livro), o diálogo é práticamente inexistente. No entanto, à medida que os meios de comunicação se tornam mais interactivos, o diálogo vai-se intensificando e a distância transaccional diminuindo.

O modo como os programas são estruturados, a maior ou menor flexibilidade dos objectivos, das estratégias e dos métodos de avaliação, também influenciam a distância transaccional. Assim, ela será tanto maior quanto maior fôr o grau de rigidez do programa.

A autonomia do aluno está intimamente ligada ao diálogo e à estrutura do programa. Alunos mais autónomos preferem estruturas mais complexas e recorrem menos ao diálogo, fazendo assim aumentar a distância transaccional.

Idealmente, caminha-se no sentido de diminuir ao máximo a distância transaccional existente nos programas de educação à distância, de forma a que alunos e professores se possam envolver no processo educativo, deixando nele transparecer a sua total dimensão humana.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Educação a Distância

A Educação a Distância iniciou-se nos finais do Séc. XIX com o chamado Ensino por Correspondência. Neste, os cursos eram ministrados através de brochuras enviadas por via postal, sendo o feedback por parte dos alunos, feito pela mesma via. As interacções professor/aluno eram muito deficientes dado o grande desfasamento temporal existente.


Com o aparecimento da rádio e da televisão, estes passaram a ser os meios privilegiados para a transmissão de conhecimentos. Assim, na década de sessenta, em Portugal por exemplo, assistimos ao surgimento da Telescola, projecto educativo em que as aulas eram difundidas pela televisão sendo seguidas pelos alunos, em postos de recepção que funcionavam com um professor. A sua função era a de orientar os alunos na aprendizagem, facultando assim um espaço para a clarificação de dúvidas e execução de trabalhos, estabelecendo a mediação entre Ensino a Distância e Ensino Presencial.


Na década de oitenta, com o rápido desenvolvimento tecnológico que se reflectiu nas telecomunicações, passou a ser possível o sistema de teleconferência áudio ou vídeo, possibilitando assim,uma interacção bidireccional.


Actualmente a Internet é o veículo de Ensino a Distância por excelência. Proporciona-nos uma maior diversidade de recursos, possibilitando uma comunicação que, em muitos casos, poderá até fazer-se de forma síncrona entre professores e alunos, e alunos entre si.


Com a possibilidade de recurso à Internet e à comunicação on line, abrem-se os horizontes no que concerne à Educação a Distância. A participação de um cada vez maior número de pessoas capazes de interagirem entre si, leva a que o processo de ensino se torne mais dinâmico e interessante.


O computador torna-se assim, num elemento fundamental de um processo educativo cuja distância se pretende minimizar.