quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Distância Transaccional

O conceito de distância transaccional, no âmbito do processo educativo,não se confina exclusivamente à educação à distância. Ele está presente quer neste processo de ensino quer no processo tradicional de ensino presencial. Embora neste último, dada a proximidade física, a distância transaccional se torne potencialmente mais curta, ela está dependente da forma como o curso está estruturado e do grau de envolvimento que é solicitado aos alunos.

Focando-nos apenas na educação à distância, processo no qual instrutores e alunos se encontram separados no espaço e/ou no tempo, a distância transaccional define o espaço psicológico e comunicacional existente entre os intervenientes.

As variáveis que condicionam a distância transaccional são o diálogo, a estrutura e a autonomia do aluno.

O diálogo, visto como uma interacção positiva, tem como objectivo melhorar a compreensão, por parte do aluno. Este diálogo condicionado, não só pelas personalidades de professores e alunos, é directamente afectado pela natureza dos meios de comunicação utilizados. Assim, num programa educacional em que a instrução se faz de forma unidireccional (tv, vídeo ou livro), o diálogo é práticamente inexistente. No entanto, à medida que os meios de comunicação se tornam mais interactivos, o diálogo vai-se intensificando e a distância transaccional diminuindo.

O modo como os programas são estruturados, a maior ou menor flexibilidade dos objectivos, das estratégias e dos métodos de avaliação, também influenciam a distância transaccional. Assim, ela será tanto maior quanto maior fôr o grau de rigidez do programa.

A autonomia do aluno está intimamente ligada ao diálogo e à estrutura do programa. Alunos mais autónomos preferem estruturas mais complexas e recorrem menos ao diálogo, fazendo assim aumentar a distância transaccional.

Idealmente, caminha-se no sentido de diminuir ao máximo a distância transaccional existente nos programas de educação à distância, de forma a que alunos e professores se possam envolver no processo educativo, deixando nele transparecer a sua total dimensão humana.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Educação a Distância

A Educação a Distância iniciou-se nos finais do Séc. XIX com o chamado Ensino por Correspondência. Neste, os cursos eram ministrados através de brochuras enviadas por via postal, sendo o feedback por parte dos alunos, feito pela mesma via. As interacções professor/aluno eram muito deficientes dado o grande desfasamento temporal existente.


Com o aparecimento da rádio e da televisão, estes passaram a ser os meios privilegiados para a transmissão de conhecimentos. Assim, na década de sessenta, em Portugal por exemplo, assistimos ao surgimento da Telescola, projecto educativo em que as aulas eram difundidas pela televisão sendo seguidas pelos alunos, em postos de recepção que funcionavam com um professor. A sua função era a de orientar os alunos na aprendizagem, facultando assim um espaço para a clarificação de dúvidas e execução de trabalhos, estabelecendo a mediação entre Ensino a Distância e Ensino Presencial.


Na década de oitenta, com o rápido desenvolvimento tecnológico que se reflectiu nas telecomunicações, passou a ser possível o sistema de teleconferência áudio ou vídeo, possibilitando assim,uma interacção bidireccional.


Actualmente a Internet é o veículo de Ensino a Distância por excelência. Proporciona-nos uma maior diversidade de recursos, possibilitando uma comunicação que, em muitos casos, poderá até fazer-se de forma síncrona entre professores e alunos, e alunos entre si.


Com a possibilidade de recurso à Internet e à comunicação on line, abrem-se os horizontes no que concerne à Educação a Distância. A participação de um cada vez maior número de pessoas capazes de interagirem entre si, leva a que o processo de ensino se torne mais dinâmico e interessante.


O computador torna-se assim, num elemento fundamental de um processo educativo cuja distância se pretende minimizar.